segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desenvolvimento humano do Brasil aumenta, mas posição no ranking não muda

Índice visa medir qualidade de vida a partir de dados sobre expectativa de vida, educação e renda
Do R7
Texto:

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil subiu de 0,808 para 0,813, informa relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgado nesta segunda-feira. O lugar do Brasil no ranking, entretando, continua o mesmo, 75º.
O IDH - que busca medir a qualidade de vida em um país, a partir de estatísticas sobre expectativa de vida, educação e renda da população - varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é um país.
Apesar de divulgado hoje, o relatório baseia-se em dados referentes ao ano de 2007 - os dados da ONU estão sempre dois anos "atrasados". O documento, portanto, não leva em conta os efeitos da crise econômica mundial que começou no ano passado.
A nota coloca o Brasil em um grupo com alto índice de desenvolvimento humano. Acima deste, um novo grupo criado pelo Pnud neste ano traz países com grau de desenvolvimento humano "muito alto". No topo da lista, Noruega, Austrália, Islândia e Canadá.
O indicador que mais contribuiu para a melhora brasileira foi a renda por habitante da população. O PIB (Produto Interno Bruto) per capita subiu de US$8.402 em 2005 para US$ 9.567 em 2007. No ranking do PIB per capita, o Brasil está no 79º lugar. A lista é liderada por Liechtenstein, com US$ 85.382.
A ONU diz que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer também aumentou. Em 2007, o índice está em 72,2 anos contra 71,7 em 2005. Com isso, o Brasil fica em 81º no lugar, na lista que é liderada pelo Japão, onde a expectativa de vida é de 82,7 anos.
A porcentagem de alfabetizados da população também melhorou, subindo de 87,5% para 90% entre os maiores de 15 anos. O Brasil é o 71º país neste ranking. A Geórgia, em 1º lugar, tem 100% da população alfabetizada, segundo a ONU.
Vizinhos latino-americanos "mais pobres" do que o Brasil estão em melhores posições no ranking. É o caso do Chile (latino-americano mais bem colocado, em 44º), da Argentina (49º), do Uruguai (50º), de Cuba (51º), do México (53º) e da Venezuela (58º).
Já entre os Brics - grupo dos grandes países em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia e China -, o Brasil fica atrás apenas da Rússia, que está no 71º lugar.
Na última colocação da lista, o Níger - país localizado na África Central - tem IDH de 0,340. O relatório da ONU informa que mais de 70% da população do país é analfabeta, enquanto a expectativa de vida ao nascer é de 50 anos.
Já no Afeganistão, a expectativa de vida é de 43,6 anos. É a menor dos 182 países presentes no relatório e metade da do Japão, de 82,7. Isso quer dizer que uma que nascer hoje no Japão deve viver o dobro do que de uma que nascer no Afegasnistão simplesmente por causa do local de nascimento.
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